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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Os ideais dos Aventureiros -

O Clube dos Aventureiros adotou dois ideais para identificar o tipo de pessoa que se envolve em sua organização: o Voto e a Lei do Aventureiro.     

Princípios são como os amigos – não precisam ser muitos, mas devem ser os melhores possíveis. Os melhores princípios possíveis são simples, curtos, objetivos, mas desafiadores, requerendo elevados padrões pessoais de quem se disponha a abraçá-los.     

É importante ressaltar que os ideais de que estamos falando não são “Ideais das Crianças” do Clube de Aventureiros – são os ideais de todos os Aventureiros, em geral, não importa sua idade ou função.     

O VOTO DOS AVENTUREIROS     

O Voto dos Aventureiros é uma promessa especial, que precisa ser muito bem compreendida, antes de podermos proferi-la e vivê-la – vamos estudá-la profundamente, neste capítulo.     

Isso é importante porque, como um Princípio de nossa organização, o Voto vai determinar nosso modo de viver e conviver, dentro do contexto do Clube de Aventureiros e, (para além dele), em todos os nossos outros relacionamentos.     

O voto do Aventureiro resume-se a uma frase:     

Por amor a Jesus, farei sempre o meu melhor.          

Vamos esmiúçá-lo, para entender cada um dos pedacinhos que o compõem:     

Por amor...     

O amor é uma das características mais humanas que existem. Nós a herdamos de nosso Criador. Na falta de sinônimos para expressar quem é Deus, o evangelista João, de Patmos, diz que “Deus é amor”.     

Coisas feitas por amor transcendem todas as demais.     

Pessoas se sacrificam por amor, se superam por amor, se limitam por amor. Jesus morreu por amor – não há ação mais impressionante em toda a História.     

Incentivar a realização de qualquer coisa “por amor” é dar-lhe uma origem muito nobre, um poder muito forte, uma capacidade muito eficiente.     

Outra coisa sobre o Amor – Amor gera amor. Amor é uma das poucas coisas que ficam maiores, se você reparte com outros.     

Uma curiosidade sobre o amor é que seu antônimo (o contrário do amor) não é o ódio: é a apatia. Quando uma coisa não faz a menor diferença; é tão sem importância que a desconsideramos totalmente, será muito difícil amá-la.     

Por isso prometer algo, por amor, requer que consideremos e reflitamos sobre aquilo que estamos prometendo.     

O amor é um sentimento intenso, o amor se importa, o amor dá (e pede) atenção. Por isso mesmo, amar uma causa ou um ministério pode levar as pessoas a realizarem verdadeiras proezas.     

A Jesus...     

Jesus é o motivador de tudo o que se faz (ou se fez) de bem e de bom neste mundo. Seu nome tem um poder especial, você já sabe.     

Em nome de Jesus tanta coisa já foi feita, que mesmo as pessoas que conviveram, pessoalmente, com Ele não conseguiram contar tudo. É o que diz o Evangelho segundo João: “Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em Seu nome.” João 20:30 e 31     

Crer no nome de Jesus é o primeiro passo para ter vida em Seu nome.     

Ter vida, em Seu nome, é o que nos leva a agir em Seu nome.     

Pedro e João, por exemplo, estavam entrando no Templo, em Jerusalém, quando alguém lhes pediu uma esmola. A resposta deles demonstra como haviam aprendido a ver, além do desejo das pessoas, a real necessidade delas.     

Veja o que disse Pedro, segundo o relato bíblico: “Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda.” Atos 3:6     

Os discípulos davam aquilo que tinham, e o que tinham valia muito mais do que a prata ou o ouro. No caso de João e Pedro, foi inevitável testemunhar acerca de Jesus, depois do que aconteceu na porta do Templo – tanta gente estava interessada em saber mais sobre o que ocorrera ... e Pedro não desperdiçou a oportunidade: “Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, Aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome dEsse é que este está são, diante de vós. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4:10 e 12     

O livro dos Atos dos Apóstolos narra as consequências dessas e outras proezas que aqueles cristãos primitivos realizaram, mesmo sofrendo a oposição das autoridades e dos poderosos:     

“Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de que Deus os tivesse considerado dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus. E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo.” Atos 5:41 e 42     

Será que nós e nossas crianças, hoje em dia, podemos esperar viver experiência semelhante? Em nome de Jesus, sim!     

“Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e Lhe deu um Nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai.” Filipenses 2:9 a 11  

A excelência deste nome, Jesus, deve nos impressionar (e a nossas crianças) a ponto de nos levar a realizar estas coisas, já descritas, e muitas outras, preditas pelo próprio Jesus.     “... o Seu mandamento é este: que creiamos no nome de Seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o Seu mandamento.” I João 3:23     

Isso trará para nossa vida, atual e futura, uma benção cuja preciosidade nem sequer suspeitamos. É algo que se refletirá, em nós, para toda a eternidade.     “... verão o Seu rosto, e nas suas testas estará o Seu nome.” Apocalipse 22:4        

Farei...     

Este é o núcleo da promessa envolvida no voto do Aventureiro.     

Há dois grupos distintos no mundo, hoje: quem faz e quem procura ou encontra feito.     

Quem faz as coisas acontecerem, faz diferença no mundo; o mundo evolui graças a sua contribuição. Quem apenas espera que outros façam, deixa de contribuir para a felicidade, sua e dos outros, ao seu redor.     

O verbo está conjugado no futuro, mas não é um futuro distante, é um futuro imediato.     

Do ponto de vista de uma criança, (como são a maioria dos Aventureiros), seria fácil pensar que este “... Farei ...” seja algo para quando se esteja educado, “estudado”, “crescido e aparecido”, possuidor de diplomas, cheio de status e títulos, bem sucedido, reconhecido.     

Pelo contrário, porém, este “Farei ...” refere-se à sua e à minha próxima ação na vida; focaliza-se na oportunidade seguinte para fazer algo. Este “Farei ...” é como um veredicto de absolvição por tudo o que se podia ter feito e não se fez, desde que se aproveite a primeira chance disponível para fazer.     “Farei ...” é, assim, não algo para um nebuloso e incerto futuro mas, sim, a sua e a minha determinação para o “próximo presente” que encontrarmos pela frente.     

Sempre...     

Não bastasse o que o verbo “Farei...” já diz, sozinho, ainda se acrescenta um advérbio poderoso como o “... Sempre ...”!!     “Sempre ...” indica constância e consistência; é o agora e o ontem, e o amanhã, e qualquer outro tempo que se possa imaginar. Sempre é sempre.     

Alguma coisa que se promete fazer sempre, indica não haver sequer a possibilidade de se deixar de cumprir a promessa, nunca.     

Perceba: as palavras, nesta pequena frase, que serve como nosso ideal – parece que fazem parte da mesma família: Amor, Jesus, sempre – não dá pra ser mais redundante do que isso!     

“Sempre ...”, também, não permite acomodar as situações ao nosso gosto ou à nossa conveniência – não há um tempo em que se possa escapar de uma promessa que inclua a palavra “sempre”.     

O meu...     

Provida a oportunidade de salvação individual do homem, Deus o há de julgar, individualmente, por aquilo que ele – não seu pai, não sua mãe, não seu irmão, não seu cônjuge, não seu pastor, não seu inimigo, não seus filhos, não seu vizinho – fez.     

É uma coisa muito boa para se saber: Deus deseja, de mim, apenas aquilo que eu possa dar, nada mais, nada menos.     

O que será que Deus deseja receber dos meninos e meninas que convivem conosco, no Clube de Aventureiros?     

Nada mais, nada menos do que o que sempre quis: o que cada um deles puder dar-Lhe.     

Nada há, mais, que pedir.     

Nada há, menos, também.     

Melhor     

Se esta palavra estivesse sozinha, isolada de todas as demais, talvez constituísse um desafio intransponível para a maioria de nós. Se fosse “... O melhor ...” ao invés de ser “... o meu melhor ...”, somente o primeiro do “ranking” poderia se apresentar diante de Deus.     

Mas quando Ele pede o meu melhor, leva em conta os meus limites e as minhas potencialidades. Avalia-me não em comparação com os outros, mas em comparação comigo mesmo, antes, durante e depois dos meus esforços.     

“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças.” Eclesiastes 9:10     

Eis um verso bíblico por excelência, para falar do meu melhor.     

Esta é a perfeição com a qual Deus deseja que sejamos perfeitos, como Ele mesmo (nosso Pai, que está nos Céus) é perfeito.     

Por amor a Jesus farei, sempre, o meu melhor.     

Não se admire com a simplicidade das palavras ou a pequena extensão desta promessa – ela tem os ingredientes necessários para inspirar e motivar os Aventureiros – pessoas com 6, 7, 8, 9 (e quantos mais?) anos de idade.     

Ao repetirmos esta (e qualquer outra) promessa, lhe damos força.     

Repetir o Voto do Aventureiro tem efeitos muito poderosos sobre os meninos, meninas e adultos. Isso está fora de questão. O que se pode questionar é: se a repetição dos votos, quando você não os está nem cumprindo, nem se esforçando por cumpri-los, equivale a enfraquecê-los, cada vez mais – você não cumpre o que votou, repete a promessa que não cumpriu, torna a não realizar o que prometeu, num círculo vicioso.           
Fonte: “Manual Administrativo - Clube de Aventureiros”, páginas 74 a 77 (Manual antigo) atual, páginas 19 a 28

A LEI DOS AVENTUREIROS

Vamos agora ver outro Ideal do Clube - A Lei do Aventureiro

Lei: 
"Jesus me ajuda a ser:
obediente, 
puro, 
reverente,
bondoso e 
colaborador"
 
A Lei do Aventureiro. 
Os cinco artigos da lei indicam um perfil pessoal a ser perseguido por todos os que estão envolvidos com o Clube de Aventureiros. Quando alguém recita a lei, está declarando sua intenção de ser um tipo, muito especial, de pessoa. 
 
A lei do Aventureiro indica, ao mesmo tempo, um “produto” e um “processo”, dos quais depende todo o programa do Clube. 
 
Cada uma das qualidades listadas, são um “produto” acabado, como fim e objetivo, a ser perseguido e “produzido” pelo Aventureiro. São alvos a serem alcançados. 
 
Mas cada uma destas qualidades, é também um processo, que está em andamento, visando melhorar a vida do Aventureiro, naqueles aspectos listados na lei. 
 
Embora possamos já ter avançado bastante, em nosso desenvolvimento de um determinado item da lista, certamente haverá a necessidade de muito trabalho para melhorar em outros aspectos. 
 
Por exemplo, alguém pode ser muito obediente, mas pouco bondoso ou nada reverente. 
 
Alguém pode ser muito prestativo mas não tomar o devido cuidado com suas palavras ou pensamentos, a fim de que sejam puros. 
 
Cada um destes alvos representa um desafio igualmente grande para crianças e adultos, pois os seres humanos, em geral, são avessos a estas virtudes. Além de tudo, somos sempre levados, naturalmente, a nos afastar de Deus que, (já está dito no próprio texto da lei), é O único capaz de nos ajudar a sermos verdadeiramente obedientes, bondosos, puros, reverentes e prestativos. 
 
O desafio dos adultos fica ainda mais difícil quando tomam consciência de que, obrigados a cumprir este ideal em si mesmos, precisam traduzir tal desafio para os meninos e meninas compreenderem, aceitarem e se entusiasmarem por cumpri-los, em suas próprias vidas!- Traduzir isto para a “sua língua” é vital, porque eles raramente (ou nunca) poderão realizar, ativamente, algo que não compreendam. 
 
Assim, não deveríamos, jamais, nos satisfazermos com a recitação dos ideais de maneira mecânica, nas reuniões e cerimônias, porque isso (como vimos) só contribui para minar a força destes Princípios. 
 
Utilize histórias, encenações, parábolas, experiências pessoais dos Aventureiros, notícias de jornal, recortes de revistas, jogos, brincadeiras e ensine – ensine, desesperadamente – os itens da lei do Aventureiro, na língua dos Aventureiros. Isso é desesperadamente necessário. 
 
Não permita que uma reunião se passe sem que, em algum momento dela, haja ao menos alguma alusão a um ideal dos Aventureiros. Não é a dose maciça de idealismo que confirma os ideais no coração das crianças; é a continua administração de doses pequenas e regulares, significativas. 
 
Faça um pouco disso todo dia e você verá quanto se constrói no longo prazo. "Fonte: Manual de Administração, pág. 22 a 28" (NM).

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