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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Filosofia do Clube de Aventureiros

Toda organização nasce dos sonhos de um empreendedor (ou de um pequeno grupo de empreendedores) que, pioneiros, vislumbram oportunidades para realizar algo. A despeito das dificuldades, trabalham até conseguirem alcançar seus ideais – isso acontece sempre, tratemos de um empreendimento comercial ou de uma ONG – é assim que, sempre, tudo começa.     

Mas organizações têm existência muito mais longa que a dos seus idealizadores originais - mais dia menos dia, os fundadores acabam desaparecendo. Para manter seu espírito empreendedor e sua “visão idealista”, as organizações recorrem aos Princípios – Princípios refletem as intenções e aspirações que impulsionaram os pioneiros a arriscar, muitas vezes tudo que tinham, na construção de um empreendimento.     

Princípios são uma “garantia” de preservação da “personalidade especial”, sonhada pelos fundadores para sua organização.     

Quem idealizou o Clube de Aventureiros, por exemplo, também teve um sonho pelo qual lutou bastante, até conseguir vê-lo tornar-se realidade.     

O mesmo acontece com você e seus colaboradores, quando fundam um Clube em sua igreja local – vocês idealizam e trabalham um bocado até conseguirem viabilizar o sonho.     

Vocês também precisam tomar decisões, em resposta ao seu ambiente – reagir ao apoio ou resistência das Comissões da igreja local, à falta de informação dos pais, ao entusiasmo das crianças, às instruções recebidas da Associação / Missão, etc..     

Vocês também precisam de Planos, para prever e preparar cada etapa do caminho que desejam percorrer.     

Vocês também precisam de Princípios.     

Princípios estabelecem, muitas vezes indiretamente, os planos e ações que podem (ou não podem) ser escolhidos, para a organização, por seus atuais (ou futuros) dirigentes.     

Não é incomum o gerente ou diretor de uma empresa recusar um contrato, desfazer um acordo ou “perder dinheiro” numa negociação apenas porque a conduta exigida, para obter uma vantagem, “não combina com o perfil de nossa organização”.     

Agora, imagine a importância dos Princípios para uma organização totalmente idealista (altruísta, abnegada), como é o caso dos Aventureiros.     

Você sabe que ninguém recebe nada (em termos de salário) pelo trabalho que desenvolve no Clube. Ninguém “sobe de cargo” por ensinar ou liderar bem os meninos e meninas. Pelo contrário, é muito comum líderes de Aventureiros gastarem dinheiro de seu próprio bolso, perderem dias de trabalho, horas de sono e oportunidades de lazer, ao se envolverem com este ministério.     

Claro que há vantagens em dirigir um Clube de Aventureiros, especialmente se você é pai ou mãe e percebe os efeitos do Clube sobre os filhos, (seus e de outros), mas não dá pra pôr “na ponta do lápis” estas recompensas, intangíveis.     

Os Princípios, para continuarem existindo, precisam ser respeitados, o tempo todo.     

Não haverá, jamais, uma situação em que se possa pôr “de lado” os Princípios, porque eles “não se aplicam ao caso”. No dia em que isso acontecesse, o princípio já não seria, mais, Princípio, mesmo se estivesse escrito com muita arte, no hall de entrada de sua igreja local – virou “letra morta”; é como o “sal que se tornou insípido”: só serve para, lançado fora, ser pisado pelos homens.           
Fonte: “Manual Administrativo - Clube de Aventureiros”, páginas 73 e 74

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